Nesta quinta-feira (07), às 18h30, acontece a cerimônia de posse da mais nova integrante eleita para a Academia Maranhense de Letras Jurídicas (AMLJ). Sob o comando do atual presidente, advogado Júlio Moreira Gomes Filho, a sessão solene irá empossar a desembargadora Sônia Maria Amaral Fernandes Ribeiro (TJMA) na cadeira 20, patroneada por Godofredo Mendes Viana. A recepção e saudação solene à nova acadêmica será feita pelo acadêmico Carlos Sebastião Nina Silva, no evento que terá como palco o salão “Casa de Portugal”, no Convento das Mercês.
“Quando recebi a notícia de que tinha sido aceita como acadêmica da AMLJ, o meu sentimento foi de muita alegria. Afinal de contas, essa Academia tem um nome forte na sociedade maranhense, pelo muito que já contribuiu e que ainda vai contribuir nas reflexões jurídicas no nosso país e no nosso Estado, em especial. E isso se dá pela qualidade técnica e intelectual dos seus membros. Quando observamos os nomes dos 40 integrantes da Academia Maranhense de Letras Jurídicas, percebe-se que ali existe histórias de devoção ao Estado Democrático de Direito, à democracia e ao respeito às leis. E mais ainda, ao estudo voltado a todos os aspectos do mundo jurídico. Por tudo isso, eu estou muito feliz em ter a oportunidade de poder participar da AMLJ e tentar, também, dar a minha contribuição a esses debates” declarou a desembargadora.
Fundada em fevereiro de 1986, a AMLJ é filiada à Academia Brasileira de Letras Jurídicas e composta por 40 membros efetivos, sempre juristas de relevante contribuição literária e profissional, funcionando na sede da OAB/MA, no Calhau. Sua mais nova integrante, a desembargadora Sônia Amaral, é detentora de uma brilhante trajetória profissional e acadêmica.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, ela tem pós-graduação no Curso Preparatório da Magistratura pela Escola Superior da Magistratura (ESMAM), especialização em Magistério Superior (Uniceuma), mestrado em Políticas Públicas (UFMA) e mestrado em Ciências Jurídicas (Faculdade de Direito pela Universidade Clássica de Lisboa – FDUL). Em 2016, participou do International Judicial Research and Training Program, da Universidade de Frankfurt (Alemanha).
Em 2022, foi empossada como desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Entre outras funções já exercidas, foi advogada da Assembleia Legislativa do Estado (1984/1989), juíza de Direito do Maranhão (admitida em 1989), professora da disciplina de Juizado Especial Cível e Processo Penal da Escola Superior da Magistratura (admitida no ano de 2000), e professora de Processo de Execução Cível da Faculdade Santa Terezinha (CEST). É detentora de prêmios e títulos importantes. Foi condecorada com a Medalha “Bento Moreira Lima”, concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em 2010; e recebeu o título de Mulher-Cidadã Bertha Lutz, em 2009, pelo Senado Federal, entre outras honrarias.
Para o presidente da AMLJ, Júlio Filho, essa posse vai fechar, com chave de ouro, mais um ano de sua gestão à frente da Academia, que tem sido marcada por ações que visam aproximar a Academia da sociedade, a exemplo da ativação das redes sociais da instituição e do lançamento de uma revista da AMLJ, assim como pelo estímulo e divulgação da rica produção literária e intelectual dos confrades.
“Esse foi um ano de muito trabalho e conquistas, e a eleição e agora a posse da desembargadora Sônia Amaral vem coroar esse período tão profícuo. Ela traz um histórico brilhante com sua trajetória jurídica e literária, e vem ampliar também a participação das mulheres em nosso quadro, o que é muito importante para a AMLJ. Tenho a certeza de que a nova acadêmica Sônia Amaral irá contribuir muito para o fortalecimento da Casa de Clodomir Cardoso”, destacou o Presidente da Academia Maranhense de Letras Jurídicas.
Sobre os destaques da atual gestão do presidente Júlio Moreira Gomes Filho na AMLJ, vale lembrar a relevante conquista para a instituição da condição de entidade de interesse público, nos âmbitos municipal, em 2021, e estadual, em 2023,. No começo deste ano, a AMLJ também firmou um Termo de Cooperação Técnica com a Defensoria Pública do Estado do Maranhão e a Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão, do qual resultou o projeto “Concurso Literário de Poemas – Bicentenário Gonçalves Dias”, que teve como público-alvo as mulheres internas do sistema prisional maranhense.
O tema do concurso foi a Justiça e suas correlações em alusão à vida e ao legado do homenageado Gonçalves Dias. Mais que um certame literário, esse projeto foi de grande importância social, contribuindo também no processo de reinserção dessas mulheres na sociedade; e que resultou em profundas reflexões e fortes poemas feitos pelas participantes sobre o tema Justiça. Um belo exemplo de como usar a poesia a favor do resgate da cidadania e da dignidade humana.
Fonte: Evandro Júnior Imirante