Indústria maranhense mantém confiança, apesar de queda nas expectativas
São Luís – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Maranhão alcançou 54,0 pontos em abril de 2025, mantendo o estado acima do nível que delimita confiança e falta de confiança (50 pontos) e superando os resultados do Nordeste (52,3 pontos) e do Brasil (48,0 pontos). Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O resultado é impulsionado, principalmente, pelas Indústrias de Transformação e Extrativa, que marcaram 53,8 pontos e vêm se mantendo na zona de otimismo há dezesseis meses consecutivos. A Construção Civil também permaneceu nesse patamar, com 53,0 pontos, apesar de uma leve queda de 1,0 ponto em relação a março.
Na avaliação das condições atuais, o componente relacionado à “Empresa” foi o único a permanecer acima de 50 pontos, com 52,5, ainda que com recuo de 1,3 ponto. Os componentes “Estado” (42,0 pontos) e “Economia Brasileira” (42,3 pontos) seguem abaixo da linha de confiança.
As expectativas para os próximos seis meses também apresentaram queda nos três componentes. A expectativa sobre a “Empresa” registrou 61,9 pontos, mantendo-se acima da linha de confiança, mesmo com recuo de 4,7 pontos em relação ao mês anterior. As expectativas em relação ao “Estado” e à “Economia Brasileira” ficaram em 48,6 e 45,3 pontos, com reduções de 7,3 e 9,9 pontos, respectivamente.
Para o economista da FIEMA, José Henrique Braga Polary, os dados demonstram uma revisão nas projeções do setor industrial. “O comportamento dos indicadores sugere maior cautela na avaliação do ambiente de negócios. Ainda que o índice geral se mantenha em patamar de confiança, a retração nas expectativas aponta para um empresário mais atento às condições econômicas”, avaliou.
A pesquisa do ICEI reúne mensalmente a percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia e da própria empresa, além das expectativas para os seis meses seguintes.
A íntegra da publicação está disponível em: https://www.fiema.org.br/publicacoes/19.