Quando o procedimento estético deixa de ser apenas voltado a beleza.
João Nison, micropigmentador especializado em camuflar calvície masculina e feminina, além de cicatrizes e estrias, fala da importância do procedimento na vida de seus pacientes.
Quantas pessoas já deixaram de usar um biquíni por conta de uma cicatriz ou sinais de estrias?
Quantos homens e mulheres usam bonés, lenços e já deixaram de ir à festas de família e, até em suas próprias formaturas, por problemas com calvície e alopecia?
A necessidade de esconder algo que não nos agrada em nosso corpo, é antiga e, com a exploração do corpo, cabelo e rosto perfeitos pela moda e mídia da estética e beleza, foi acentuado.
O advento da pandemia, lockdown e home office, nos permitiu mais tempo para olharmos para nós mesmos, ao passo que também deixou uma grande parcela da população mundial sedentária, com sobrepeso ou comorbidades pós COVID, como a queda de cabelo.
Há mais de 10 anos atuando como micropigmentador, ou dermopigmentador, João Nilson também viu crescer a procura por micropigmentação capilar, atividade que desempenha após seu próprio trauma com calvície ter sido solucionado com o procedimento, após o surto de COVID, já que muitas pessoas que passaram pela doença, são acometidas por uma queda intensa de cabelo. “Eu sempre fui muito procurado por pessoas com calvície temporária, permanente e pessoas com cicatrizes na cabeça e falhas capilares, inclusive por quem fez o transplante capilar e ficou com a cicatriz de retirada de bulbos”, explica João Nilson.
“Quando falo de procura por camuflagem no corpo, cicatrizes e estrias são os motivos pelos quais meus pacientes mais me procuram, mas confesso que, hoje, depois da pandemia, a micropigmentação capilar está em alta, até por ser um procedimento temporário, entre três e cinco anos ela desaparecerá e, como quem sofreu com a queda de cabelo pós COVID, terá seus fios de volta, não há a necessidade de uma técnica permanente”, fala João Nilson explicando que, a micropigmentação tem a vantagem de ser temporária, diferente de uma tatuagem.
A técnica de micropigmentação capilar consiste em pigmentar, com o dermógrafo com agulha de uma ou duas pontas, a camada mais superficial da pele, com pontos ou tracejados 3D, que imitam um folículo capilar em crescimento. Por ser uma pigmentação na epiderme, trata-se de uma técnica temporária, que poderá, ou não, ser refeita em 24 a 36 meses. A escolha da técnica de micropigmentação capilar e coloração, vão depender da avaliação do profissional, bem como da necessidade do paciente.
Já a camuflagem de estrias através da técnica de micropigmentação da pele é realizada com dermógrafo com agulha de mais de duas pontas, com pigmento mais próximo possível do tom da pele do paciente, sendo necessário o retoque em 20 dias. O procedimento tem duração de 3 a 5 anos, mas dependendo do processo de regeneração de cada paciente, pode ter uma durabilidade maior.
João Nilson também é especialista em micropigmentação labial e de olhos, procedimentos que, além de melhorarem a autoestima, ajudam mulheres a terem liberdade quando o assunto é maquiagem e rejuvenescimento facial. Mas das técnicas que utiliza, além da capilar e de camuflagem de cicatrizes e estrias, a micropigmentação de aréolas é umas das maiores buscas por mulheres, e homens, tanto para corrigirem a cicatriz da mastectomia (retirada de mama por câncer), ou para corrigir a falta de uniformidade de nascença ou por envelhecimento, quando o formato e até a coloração são, ou ficam, diferentes.
“Hoje, após tudo que passamos, inclusive perdas, falar em procedimento estético pode soar até superficial, mas quando você utiliza da estética para devolver sua saúde, sua saúde emocional, sua segurança, inclusive para sair de casa e voltar a trabalhar e se relacionar, não podemos achar isso superficial”, fala João Nilson defendendo que as técnicas que utiliza são um serviço à saúde de pessoas que, talvez, por anos, se esconderam por conta da calvície ou cicatrizes.
João Nilson, que tem em seu estúdio atendimentos à famosos como Ângelo Assumpção, que foi atleta da seleção brasileira de ginástica artística pelo Clube Pinheiros, Claudia Higino, que foi rainha do Carnaval de São Paulo, bailarina do Balé do Faustão e é musa da Vai-Vai e Bruno Tálamo, repórter de TV, atende, e ministra cursos, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, próximo ao Shopping Frei Caneca e, para o ano de 2022, já está produzindo cursos on-line para profissionais da área que desejam se especializar, mas estão distantes da cidade de São Paulo.