A palestra com a ex-modelo e ativista Luíza Brunet marcou a abertura da 24ª Semana Nacional do Programa “Justiça pela Paz em Casa”
acolhimento foi fundamental para que seguisse com a denúncia contra o ex-marido. “É importante ouvir a mulher, sem interrompê-la, questionar; ela precisa falar e ser ouvida. Sei que às vezes pode ser cansativo para quem faz a escuta, mas é necessário se ter paciência para ouvir”, acrescentou. Atualmente, a ex-modelo também ministra palestras em outros lugares do mundo sobre o ativismo na causa da mulher. No Brasil sempre é convidada para falar sobre o tema em diferentes espaços públicos ou privados.
O presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça (Cemulher/TJMA), desembargador Cleones Cunha, destacou a importância de personalidades públicas como Luíza Brunet darem visibilidade ao tema da violência doméstica, incentivando outras mulheres a também denunciarem.
Durante a abertura da Semana “Justiça pela Paz em Casa”, a Cemulher/TJMA lançou o livro Mapeamento do Perfil dos Homens Autores de Violência: uma análise do Grupo Reflexivo da 1ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís – Maranhão, disponível em formato eletrônico neste link. Na mesa cerimônia, foi divulgada a Portaria 684/2023, que trata do Programa Desperta, Maria! de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Maranhão.
Participaram da solenidade de abertura do evento o corregedor-geral de Justiça, desembargador Froz Sobrinho; a desembargadora Francisca Galiza; o diretor do Fórum Des. Sarney Costa, juiz Raimundo Nonato Neris; juízes e juízas, membros do Ministério Público e da OAB-MA e representantes das demais instituições que integram a Rede de Enfrentamento da Violência contra a Mulher.
MUTIRÃO
Como parte da 24ª Semana “Justiça pela Paz em Casa, desta segunda (14) até sexta-feira (18), nas comarcas do Maranhão haverá um esforço concentrado para agilizar o andamento dos processos relacionados à violência de gênero. Na 1ª e 3ª Varas da Mulher de São Luís e na Vara Especial da Mulher de Imperatriz foram designadas 254 audiências para o período.
Na capital, as audiências ocorrem simultaneamente em oito salas no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) e no Fórum de Imperatriz, em quatro salas. Já a Vara da Infância e Juventude e Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do termo judiciário de São José de Ribamar terá três salas de audiências com 75 audiências designadas. Cada sala contará com uma equipe composta por um juiz ou juíza, promotor ou promotora, e defensora ou defensor público, além de um servidor ou servidora.
O Programa “Justiça pela Paz em Casa”, iniciado em março de 2015, é promovido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em parceria com os Tribunais de Justiça estaduais e tem como objetivo ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), concentrando esforços para julgar e agilizar processos que envolvam casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres.
Fonte : jornalista Orquídea Santos
Fotos/divulgação: Ribamar Pinheiro