Expectativas do empresariado seguem estáveis, com projeções de demanda e contratação acima da linha de confiança
São Luís – A indústria maranhense registrou retração em março de 2025, conforme aponta a Sondagem Industrial, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O volume de produção caiu 4,1 pontos em relação a fevereiro, fechando o mês com 48,2 pontos. O indicador voltou a ficar abaixo da linha dos 50 pontos, que separa crescimento de queda.
A utilização da capacidade instalada também apresentou redução, com queda de 5 pontos percentuais, passando de 70,0% para 65,0%. O número de empregados recuou 1,9 ponto, alcançando 53,4 pontos.
O nível de estoques subiu 3,9 pontos e atingiu 51,1 pontos. De acordo com o economista da FIEMA, José Henrique Polary, esse comportamento pode indicar desaceleração no escoamento da produção. “Mesmo com a redução no volume produzido, o crescimento dos estoques sinaliza que a demanda perdeu força no período”, afirmou.
As empresas de pequeno porte registraram maior queda no volume de produção, com 44,6 pontos. Já as médias e grandes atingiram 50,0 pontos, marcando estabilidade. A utilização efetiva da capacidade em relação ao usual teve leve alta e chegou a 51,2 pontos no total da amostra.
Apesar da retração em março, os indicadores de expectativa para os próximos seis meses permanecem positivos. A demanda prevista por produtos industriais manteve-se em 57,3 pontos. A intenção de compra de matérias-primas subiu para 55,4 pontos e a expectativa de contratação de pessoal avançou para 54,0 pontos.
Segundo Polary, a estabilidade nas projeções mostra que os empresários seguem confiantes em uma possível recuperação gradual. “As expectativas seguem acima da linha de 50 pontos, o que indica um cenário de manutenção ou leve crescimento da atividade nos próximos meses”, avaliou.
A Sondagem Industrial é uma publicação mensal da FIEMA e está disponível em www.fiema.org.br/publicacoes/20.